Ao perder o comando da Federação Solidariedade-PRD, Kassio Ramos, o Cocote, pode ter o mesmo destino do PSB, com Furlan tomando todos os seus cargos na PMM

A trajetória política do empresário Kassio Santos Ramos, conhecido em Macapá como Cocote, é marcada por controvérsias que vão desde denúncias por abuso de poder econômico nas eleições de 2022, quando disputou uma das oito vagas na bancada amapaense da Câmara dos Deputados, à suspeita de irregularidades cometidas com recursos do fundo partidário.

Devido às suspeições, o Ministério Público Eleitoral (MPE) formalizou um pedido para tornar Ramos inelegível, mas o Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) rejeitou a ação. O desembargador Carmo Antônio de Souza, relator do caso, emitiu um voto contrário à ação apresentada pelo MPE contra o Cocote. 

Recentemente, a empresa Premium One Representações Comerciais Serviços Empresariais LTDA, com escritório localizado no bairro Condor, em Belém do Pará, firmou contrato com a Prefeitura de Macapá no valor de R$ 1,4 milhão. O acordo envolve a prestação de serviços de limpeza, conservação, higienização, copeiragem, recepção, fornecimento de materiais de limpeza e atividades administrativas de nível médio e superior no edifício da Macapá Previdência.

Contudo, o contrato de prestação de serviço adquiriu tonalidades disformes e obscuras quando o nome do dono da empresa apareceu em letras garrafais no diário oficial da PMM: Kassyo Santos Ramos. Para a população, isso significava negócios para lá de nebulosos. Por conta dessas ações enviesadas, acabou se tornando uma figura controversa no cenário político local.

Ramos alcançou destaque em março de 2022, quando surgiu ao lado do ex-deputado federal e bolsonarista Roberto Jefferson, então presidente do (extinto) PTB, comemorando sua nomeação como secretário-geral da legenda.

Agora com a perda do comando do PRD que fez a fusão com o Partido Solidariedade do Governador Clécio Luís e presidido pelo atual secretário de Participação e Mobilização Popular, Dejalma do Espírito Santo, Kassio Cocote pode enfrentar uma redução significativa de seu poder e influência política na gestão do Prefeito Furlan que tem uma relação estreita com Cocote, pode decidir diminuir a participação dele em decisões importantes, especialmente considerando as controvérsias que envolvem Cocote.

Analistas políticos amapaenses dizem que Cocote terá o mesmo destino do PSB dos Capiberibes; que assim que perderam o poder não garantido a reeleição da então Vereadora Janete Capiberibe foram  expurgados da gestão municipal de Antônio Furlan.

A trajetória de Cocote tem sido marcada por suspeitas e disputas judiciais, consolidando-o como uma figura contestável, que ganhou notoriedade (e muito dinheiro) como parceiro de negócios do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB).

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