ENXURRADA DE PESQUISAS CONFUNDE O ELEITOR.
Por Anauê Cabral.
Nos últimos levantamentos, Clécio é o preferido entre os mais pobres. Furlan é o desejado da Elite.
Nesse caótico quadro de poucas verdades, quase verdades e mentiras das pesquisas em época de eleição, quem está em primeiro lugar absoluto é a manipulação. Infelizmente.
Nos últimos dias, circulam a todo vapor números descontextualizados de recente pesquisa do Instituto Paraná, sobre o panorama do Amapá, no tocante à preferência do eleitor para ocupação de vários cargos em disputa no próximo ano, na eleição nacional.
Antônio Furlan, atual prefeito da capital, Macapá, vem se regozijando nas redes sociais, por ser primeiro lugar na indicação para o governo na eleição de outubro de 2026, com 65% de aceitação entre os entrevistados.
O que o alcaide, especialista em eventos milionários e no atraso de pagamento ao transporte escolar, não conta é que, do universo pesquisado pela PARANÁ, 52% dos ouvidos disseram não ter ainda um nome, ou se negaram a responder ao questionário estimulado.
Ou seja, o único “vencedor” da referida pesquisa, hoje, seria o candidato: NÃO SEI, ou seu colega de chapa, o NÃO QUERO RESPONDER.

Mistérios das pesquisas: como pode o atual governador ter elevada aprovação popular e pontuar tão pouco, para sua reeleição?

Veja, que acima do espetaculoso prefeitão, estão o Não sei ou não respondeu.
Na prática, numa conta rápida de português da padaria, ter 65% da metade do universo entrevistado aponta somente para uma frágil tendência que poderá não se sustentar à medida que o processo eleitoral evoluir e as verdades, verdadeiras e inconvenientes, começarem a aparecer.
Em geral, muitas delas por meio de ações da Polícia Federal e congêneres.
Então, vender a ideia para o público, essa expectativa de vitória prévia acachapante, é uma falácia, num cenário realista e ainda com muita água para passar debaixo da ponte.
Por outro lado, a leitura desapaixonada dos números coloca o atual Governador, Clecio Luis, muito bem no jogo, ainda que se possa prever a realização de primeiro e segundo turnos, o que a pesquisa evidência claramente. Asseguram especialistas.
Isso, a depender da reação do atual governador, que faz uma excelente gestão, mas fraca em determinados fundamentos triviais de mostrar um governo de um homem só, que vamos abordar noutra ocasião.
Já em outros possíveis cenários, se os números de Antônio Furlan e Clécio não melhorarem, haverá espaço para chamada terceira via.
Isso poderia ocorrer pois os principais concorrentes, pelo menos nesse momento, não animaram o eleitor para que cristalizasse com certeza sua decisão de voto, entre os nomes apresentados, de forma espontânea ou estimulada. Tanto faz.
Isso dá esperança para uma significativa parcela da população desejosa de mudanças radical para valer no cenário local.
Alegam que o Amapá há décadas é dominado por interesses pessoais, onde grupos e subgrupos, originários de uma só matriz, disputam a gangorra do poder.
Dizem que na frente de todos, parecem ser inimigos, mas nos bastidores, os objetivos e o caixa são os mesmos.
Na prática, brigam de manhã. Faz as pazes na hora do almoço e à noite jantam juntos para comemorar sua eternização no poder.
Porém, como já dizia o finado Belchior : “O novo sempre vem”.
E nesse caso, a turma que aposta nessa virada de mesa, já está se movimentando intensamente nos corredores das repartições.
Não é a toa que nessa semana um pré candidato a presidente nessa linha de mudança, baixa em Macapá com tudo. Afirmam que o tal pretendente ao lugar de Lula, poderá até anunciar pela primeira vez na história do Amapá, uma candidata mulher ao governo estadual para fazerem uma dobradinha bem peculiar a ser chamada de “pão de queijo com açaí”. Será?