Furlan perde aliado importante com a fusão Solidariedade e PRD que se unem em uma federação liderada por Dejalma do Espírito Santo, aliado do Governador Clécio Luís

Na manhã de quarta-feira, 25 de junho, o deputado federal Paulinho da Força, líder do Partido Solidariedade, e o ex-presidente do Patriota, Ovasco Resende, líder nacional do Partido Renovação Democrática (PRD), oficializaram a união entre as duas legendas com foco nas eleições gerais de 2026.

O senador Davi Alcolumbre (União – AP), presidente do Senado, e o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, participaram da cerimônia de constituição da nova federação paritária, que começa com dez parlamentares federais, um governador (Clécio Luís, do Amapá) e 138 prefeitos eleitos em 2024.

O objetivo imediato da federação é permitir que os dois partidos atinjam a cláusula de barreira, que exigirá no mínimo 13 deputados eleitos por ao menos nove estados em 2026; atualmente, PRD e Solidariedade têm cinco deputados cada.

Paulinho da Força avisa que o panorama político no Amapá não será afetado pela fusão entre Solidariedade e PRD. Conforme o deputado federal, Dejalma Espírito Santo, presidente estadual do Solidariedade e secretário de Mobilização e Participação Popular do governo Clécio Luís, será mantido no comando local da federação, assegurando ao governador do Amapá toda a base partidária indispensável para a continuidade de sua administração.

A fusão entre PRD e Solidariedade também resultará na redução do número de bancadas atuantes na Câmara para 14. No histórico desde a redemocratização, levando em conta as bancadas escolhidas para cada legislatura, este é o número mais baixo desde 1986, quando 12 partidos conquistaram cadeiras no Congresso Nacional. A conta leva em consideração os partidos que formam a federação partidária como um único grupo, pois essa forma de aliança requer que as siglas concorram conjuntamente nas eleições futuras.

Criado em 2023 a partir da fusão entre PTB e Patriota, o PRD é representado no Amapá pelo Kassio Santos Ramos, notório aliado do prefeito de Macapá, Antônio Furlan (MDB). Desde setembro de 2024, Furlan vem sendo investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento em esquema de corrupção montado nos escaninhos da Secretaria de Obras (Semob), que seria capitaneado pelo titular da pasta, Cássio Cruz, que, assim como seu homônimo (Kassio Ramos), integra um grupo de apaniguados que cerca o gestor macapaense.

Nos últimos dias, aliados de Ramos tem divulgado nas redes sociais e em mídias online que já foi escolhido para dirigir a nova federação no Amapá. Consultado pelo portal, o presidente nacional do PRD, Ovasco Resende, disse que nada está definido quanto à montagem dos diretórios estaduais. Em outras palavras, Resende não confirmou a informação propagada por aliados de Ramos. Sendo assim, a reportagem consultou especialistas em direito eleitoral e chegou à conclusão de que aliados de Kassio Ramos vem cometendo crime de fake news ao disseminar informações fraudulentas por meio de entrevistas ou reportagens mal-ajambradas.

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