Na eleição para governador, o atual poderá enfrentar e vencer seu sucessor na prefeitura. Querendo largar o comando da capital no meio do caminho, Furlan, é chamado de engenheiro de obras prontas. Isso porque se beneficiou da gestão da gestão transformadora de Clécio na prefeitura de Macapá, deixando ainda os cofres abarrotados de dinheiro. Autor: Anauê Cabralzinho.
Apesar de estarmos a 16 meses do início do período eleitoral no próximo ano, por conta do gosto diferenciado da população pela política e dada a disputa frenética de grupos oponentes, pelos cargos eletivos, pode-se afirmar, sem sombra de dúvida, que no aspecto político eleitoral, no Amapá, 2026 já começou.
E tem mais: pelo que se vê nos bastidores e nas redes sociais, esse start antecipado do calendário político começou agitado e promete esquentar ainda mais, na medida que o tempo passa.
Com a eleição para governador na disputa, já se percebe o aparecimento vigoroso de movimentos de apoio à reeleição do atual chefe do executivo estadual, Professor Clécio Luiz Vilhena.
É verdade que, pelo tempo faltante para o pleito, muita água deve rolar debaixo dessa ponte que irá definir o nome de quem vai comandar o estado no período de 2027 a 2030.
Muitos acreditam que, devido ao trabalho já realizado, Clécio Luiz deverá emplacar, sem muita dificuldade, o segundo mandato, exceto se vier a ser atingido pela hedionda fábrica das fake news, da qual tem tido alvo preferencial.
Se não houver a prevalência do jogo sujo para enganar o eleitor, acreditam as forças que apoiam o governador, Clécio deve vencer a eleição em primeiro turno, como aconteceu em sua primeira disputa em 2022.
Essa projeção é o que prega seus apoiadores mais otimistas e fiéis.
No entanto, é necessário aguardar, antes de mais nada, o movimento de seus possíveis concorrentes.
Entre tantos nomes sugeridos ou pré indicados, destaca-se a figura do atual prefeito de Macapá, o médico porto-riquenho naturalizado, António Furlan.
Impulsionado por uma boa, porém fabricada imagem, Furlan surfa a onda de ter sido o prefeito reeleito com o maior índice de votação do país, proporcionalmente em 2024.
Esquecem, no entanto, seus defensores que nessa ocasião Furlan não teve, para sua sorte, nenhum concorrente de expressão, com densidade eleitoral.
Foi um passeio no parque do meio do mundo, enfrentando postulantes de baixo desempenho.
Noutro aspecto dessa breve análise, o alcaide macapaense, embora tenha direito de ser candidato em 2026, deveria considerar a não participação na disputa.
Isso tem a ver com a ética, moralidade e o respeito à soberana vontade popular.
Isso porque, eleito recentemente para mais 4 anos na prefeitura, ao tentar ser governador, terá de renunciar ao cargo onde foi colocado pela vontade do povo.
Ao abandonar os eleitores, no meio do caminho, o já autoproclamado candidato vai jogar o destino de Macapá nas mãos de um ilustre desconhecido, seu vice, “modelo poste” Mario Neto.
Ora, se você assume o compromisso pelo voto recebido de exercer um mandato integral, é obrigatório, moralmente falando, a cumprir todo aquele programa de governo apresentado até o fim.
Na vida cotidiana, como na política, não se assume uma missão e, antes do final se abandona a mesma, por conta de outra maior, ou melhor, por causa somente de conveniência pessoal.
Essa regra deve valer para os compromissos públicos feitos por Furlan, que até agora tem apresentado baixo rendimento na consignação de suas propostas de campanha nesse segundo período na prefeitura.
Tanto é verdade que, em razão da buraqueira, poeira, lama e inundações recorrentes, o prefeito acaba de ganhar mais um título da população afetada: “Promessão.”
Imagine qual seria o cenário se o atual prefeito largasse a direção da cidade e perdesse a eleição de 2026, voltaria para a prefeitura na condição de subprefeito (A doc) como prêmio de consolação?
Se isso acontecer, Furlan estaria traindo a confiança do eleitor duas vezes. Na saída e na volta de sua aventura pessoal na ânsia pelo poder e os seus benefícios, às vezes nada republicanos que essa atitude, ocasionalmente enseja.
Já Clécio, está em situação bem diferente.
Legal e moralmente desempecido, com direito a disputar o cargo, será, sim, apesar do entusiasmo precoce de seus apoiadores, o grande favorito em 2026.
O governador, nos dois primeiros anos de gestão, manteve e até ampliou saudável musculatura política e liderança popular, sem ser ter sido populista.
Tem a reconhecida confiança dos servidores e a máquina pública nas mãos.
Para além dessa situação confortável, conta muito o seu trabalho pela valorização dos funcionários do estado, ao não atrasar salários ou por descumprir acordos e propostas de campanha.
Soma pontos a favor de sua postulação, o fato de ter permanecido anteriormente por dois mandatos integralmente na prefeitura da capital, onde no período de oito anos, promoveu reconhecida revolução em toda infraestrutura urbana de Macapá, o que hoje beneficia o seu sucessor e principalmente a população.
Dizem os formadores de opinião que, “se o governador fizer o mesmo trabalho na gestão do estado, haverá um Amapá de antes e outro, depois do Clécio Luiz.”
Entre as obras estruturantes que estão preparando o estado para o salto de desenvolvimento que virá, chama a atenção de todos a ação extraordinária na saúde pública.
É impossível não perceber a mudança da” água para o vinho” no setor.
Em pouco mais de dois anos, aconteceram alterações profundas na saúde estatal.
Contratação de novos servidores, reformas e ampliações emergenciais de unidades de atendimento, compra de equipamentos, início da construção de um grande hospital com 230 leitos estão mudando o quadro caótico de 50 anos sem esse tipo de intervenção no estado.
Como certas doenças não podem esperar, Clecio venceu a inércia de dezenas de anos de paralisia conseguindo em tempo recorde implantar o centro de radioterapia combinado com atendimento no novo e moderno hospital de câncer.
Essa conquista inédita e há muito tempo aguardada aposenta o clima de usura do cartel da saúde particular no estado, há anos se beneficiando da carência desses serviços na saúde pública.
Só pela coragem de ter enfrentado esse sistema invisível e cruel, dizem muitos, que Clécio já merece a reeleição.
Por essas razões descritas, ainda que pareça precipitado afirmar que o atual governador, apoiado firmemente por setores decisivos da comunidade, será reeleito, há uma forte sinalização nesse sentido.
Se tudo continuar assim, em 2026, por tudo que já fez e ainda fará, no Setentrião, vai dar Clécio outra vez. Afirmam seus defensores.
Olhando para a realidade do que está acontecendo em Macapá, de projetos pessoais e dificuldades financeiras à vista, tem gente levantando os braços ao céu dizendo: “que os anjos digam amém”